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A CBF descartou implementar o VAR (sigla em inglês para árbitro de vídeo) nas seis rodadas finais do Campeonato Brasileiro. A entidade alega não ter condições técnicas para colocar em prática o uso do recurso.

A negativa foi dada em um encontro com o presidente do Internacional, Marcelo Medeiros, no início da tarde desta terça-feira, na sede da entidade, no Rio de Janeiro. A informação foi antecipada pelo “Blog do PVC”.

A reportagem entrou em contato com o coronel Marcos Marinho, presidente da Comissão de Arbitragem, que estava presente no encontro. Ele confirmou a informação e explicou os motivos da CBF.

“É algo difícil de implantar nos dez jogos da rodada. O processo para atualizar o VAR hoje é muito complexo. Exige muita coisa. Não é da noite para o dia. Nós gostaríamos também, mas somos realistas”, disse o coronel Marinho.

No início deste ano, em reunião do conselho técnico, a CBF sugeriu a introdução do VAR na competição, mas apenas sete clubes aprovaram. A maioria rejeitou descontente com o projeto para aplicar o recurso (que seria arcado por eles).

Para se ter ideia, a proposta da CBF para colocar o VAR em prática na atual edição do Campeonato Brasileiro era fazer os clubes custearem a tecnologia pagando R$ 1 milhão cada um pelos 19 jogos como mandante.

Durante o encontro desta terça-feira, o Internacional apresentou um documento em que 15 das 20 equipes da primeira divisão mostram se favoráveis ao uso do VAR na seis rodadas do final da competição. Mesmo assim não será dessa vez.

“Em fevereiro, vamos voltar a discutir o assunto. Estamos quase há oito meses de um processo que vem caminhando. Muita coisa se modificou desde então. O quadro para colocar em prática no próximo ano é outro. Muitas coisas vão ser discutidas, inclusive os valores e a forma como ele será custeado. A expectativa é boa”, disse o coronel Marinho.