Globo Esportes

A Libertadores e a Copa Sul-Americana deste ano convivem com um fantasma: o da crise na Venezuela. O cenário de caos no país já implicou na interrupção da partida entre Zamora-VEN e Nacional-URU, por falta de energia elétrica, e no adiamento de outros dois jogos, ambos do Deportivo Lara (contra o Emelec, por falta de luz, e contra o Cruzeiro, por não conseguir voar para Belo Horizonte, no último dia 13).

Há um temor de que mais partidas sejam prejudicadas. Os problemas econômicos, políticos e sociais da Venezuela afetam não apenas os times locais, mas também seus adversários estrangeiros, que enfrentam dificuldades logísticas e de segurança para jogar no país.

A grave crise econômica e política faz com que não haja o básico no país. Foi por isso que, no último dia 10, Caracas e Zulia protagonizaram uma partida histórica para o futebol venezuelano.

Sofrendo os impactos do apagão que atingiu diversas regiões do país por dias, jogadores das duas equipes se reuniram nos vestiários minutos antes da partida. A conversa só não havia sido realizada antes porque muitos atletas estavam incomunicáveis, sem bateria nos celulares ou sinal de internet.