MSN

Copa do Mundo feminina levantou o debate sobre a valorização do esporte para as mulheres e a necessidade de maior investimento em prol de renovação

Marta, Cristiane e Formiga não são para sempre. Inclusive, essa pode ter sido a última Copa do Mundo dos três pilares da seleção brasileira. Porém, quem vai substitui-las? Após a eliminação do Brasil para a França, a craque Marta fez um apelo em rede nacional pedindo mais apoio, investimento e determinação das próprias mulheres na luta pelo crescimento do futebol feminino.

No entanto, o problema é grave e estrutural. Um fato alarmante é que nenhum dos clubes da Série A do Brasileirão divulga em seus balanços financeiros o quanto investe no futebol feminino. A modalidade sempre aparece atrelada a “esportes olímpicos”.

Em um levantamento realizado pelo EXTRA, apenas 13 dos 20 times revelaram o quanto investem. E, em todos os casos, o valor destinado ao futebol feminino não passa de 1% do orçamento total do clube no ano. O Palmeiras é o que mais destina verba. Algo em torno de R$ 4,5 milhões anuais. O Fla, por sua vez, que tem time em parceria com a Marinha, investe cerca de R$ 1 milhão por ano, equivalente ao salário mensal de Gabigol.

A esperança das mulheres está na nova regra da CBF: todas as equipes precisam obrigatoriamente ter times femininos para disputarem os torneios nacionais. Assim, até o número de competições deve aumentar.