Correio

A pandemia do novo coronavírus mergulhou o mundo esportivo em um mar de incertezas. Enquanto CBF e federações discutem quando será possível o retorno do futebol e a conclusão dos campeonatos que estão paralisados, a situação da maioria dos clubes que disputam o Campeonato Baiano praticamente dá a certeza de que, mesmo faltando apenas duas rodadas para o fim da primeira fase, o torneio dificilmente será concluído em 2020.

O CORREIO conversou com sete das oito agremiações do interior que estão no estadual – apenas o Jacobina não atendeu às ligações -, e, entre eles, é unânime a ideia de que é praticamente impossível voltar a fazer futebol na atual temporada.

Cada clube tem a sua particularidade, mas, na maioria dos casos, o problema está ligado ao lado financeiro e falta de elencos. Sem calendário para o segundo semestre, Juazeirense, Fluminense de Feira e Doce Mel liberaram os jogadores após o anúncio da paralisação e precisariam remontar as equipes para jogar o restante do Baianão.

Contudo, não são apenas os clubes sem calendário no segundo semestre que vivem situação de incerteza. Garantidos na Série D do Brasileiro, Vitória da Conquista e Atlético de Alagoinhas também revelam dificuldades para voltar a jogar.

Entre os ouvidos, apenas Jacuipense e Bahia de Feira se mostraram favoráveis ao retorno do estadual. As duas agremiações, no entanto, ressaltam que para a bola voltar a rolar é preciso estar em concordância com as determinações das autoridades de saúde.

Nos últimos dias, a CBF anunciou o aporte de R$ 19 milhões para ajudar os clubes das Séries C e D. Na Bahia, Vitória da Conquista, Atlético de Alagoinhas, Bahia de Feira e Jacuipense foram as equipes beneficiadas, mas a ajuda está longe de representar salvação.

Quem ficou de fora e não recebeu recursos da CBF, espera agora que a ajuda venha da Federação Bahiana. “A ajuda que foi dada para as Séries C e D. Os times que completam o campeonato regional não tiveram ajuda nenhuma. Então, como vamos participar?”, questiona o presidente do Flu de Feira.