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Com 52 clubes envolvidos, as Séries A1 e A2 do Brasileiro Feminino estavam em curso quando todos os campeonatos nacionais foram paralisados pela Confederação Brasileira de Futebol, em 15 de março, devido à pandemia causada pela Covid-19. Com calendário de curta duração, a CBF estuda cenários para a retomada das competições.

Intenção da entidade é manter os formatos de ambas as disputas, mas admite a possibilidade de volta com sede única. É o que diz o supervisor do futebol feminino da CBF, Romeu de Castro.

“Estudamos vários cenários no momento. Não creio que teremos mudanças no formato, mas realizar os jogos em sedes únicas é também uma possibilidade. Neste momento, são estudos e projeções hipotéticas apenas. A intenção principal é mantermos as competições conforme os formatos originais. Temos que aguardar as definições das autoridades competentes e a evolução da situação em cada estado.”

O Ministério da Saúde, em resposta ao protocolo médico nacional da CBF, posicionou-se favorável à retomada do futebol. O órgão sugere que a entidade garanta a avaliação constante de atletas, comissões técnicas e funcionários, assim como familiares e contatos próximos, mas faz uma ressalva: a disponibilização de testes rápidos no sistema de saúde está saturada.

Atualmente, o Brasil tem 6.329 mortes e 91.589 casos confirmados do novo coronavírus, com ocorrências em todos os estados do país. Cenário que faz com que as ações preventivas estejam sujeitas a mudanças por localidade, diz Romeu de Castro, conferindo maior força à possibilidade de sede única.

“As medidas de distanciamento e proteção vão ser equivalentes à situação do vírus e da pandemia em cada estado. A gente trabalha com um cenário que pode ser possível se jogar em algum estado e não ser possível se jogar em outro.”

Ainda de acordo com o dirigente, para as competições de base femininas, que estavam previstas para começar em maio (sub-18) e julho (sub-16), a mudança no formato é uma possibilidade mais forte. Depende das consequências da Covid-19 sobre a logística necessária. Uma questão que é vista como principal desafio para realizar as divisões principais do Brasileiro dentro dos termos originais.

A Série A1 não chegou a finalizar a 5ª rodada antes da paralisação, com três jogos pendentes, além de dez rodadas pela frente na primeira etapa, antes das quartas de final, semifinais e finais. A competição estava prevista para acabar em setembro. A Série A2, por sua vez, ficou na primeira rodada. Tem outras quatro pendentes na primeira fase, além das partidas eliminatórias a partir das oitavas de final, encerrando em julho.