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Após garantir aos clubes o pagamento das cotas do PPV (Pay-Per-View) do Campeonato Brasileiro a partir de 1º de julho, a Globo liberou parte da verba dos Estaduais que estava suspensa com a paralisação desde março do futebol por causa da pandemia do novo coronavírus.

Segundo o Portal Uol Esportes, na semana passada a proposta da emissora, que foi mantida com um ajuste na parcela de abril, que rendeu aos clubes da elite R$ 449,6 mil. As parcelas de maio e junho se mantiveram em R$ 396,7 mil — um corte de mais de 70% no valor original das parcelas, na casa do R$ 1,5 milhão.

De acordo com a emissora, não é um corte do total que será pago (R$ 440 milhões), mas das parcelas, e que o restante será compensado até dezembro com pagamentos mensais de R$ 1,24 milhão. Na Série A, essa cota fixa para TVs aberta e fechada rende R$ 22 milhões aos clubes que têm contrato integral com a emissora.

No caso do PPV, o total distribuído é de R$ 550 milhões, mas o pagamento depende de alguns fatores, como número de assinaturas vinculadas ao clube. Alguns times têm direito a garantias mínimas, estas que serão pagar a partir de julho mesmo com o atraso no início da competição.

Segundo o documento do acordo, a Globo se comprometeu ao pagamento integral das cotas dos Estaduais e da Copa do Brasil dentro da própria competição. Sobre os Estaduais, os clubes conseguiram que a emissora liberasse 10% no ato, ou seja, até o fim de abril, do valor que estava suspenso. O restante será pago 15% assim que o torneio recomeçar e 75% ao final.

Ainda de acordo com o portal, também ficou definido que os contratos com a Globo poderão ser usados pelos clubes como garantias de empréstimos a bancos, mesmo com cortes em parcelas e suspensão de pagamentos dos Estaduais. Alguns clubes acreditam que precisarão de ajuda bancária para pagar contas já que perderão rendas de patrocínio e, principalmente, de bilheteria por causa da pandemia.

A cota de TV Para TV aberta e fechada, a Globo paga anualmente cerca de R$ 1,1 bilhão aos 20 clubes da Série A, dividido da seguinte maneira: 40% fixo, em cotas mensais (o valor que está diminuindo agora), 30% por número de jogos transmitidos e 30% por colocação final do campeonato. Estas duas últimas, portanto, dependem da realização da competição para serem pagas.