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O streaming chegou de vez ao Brasil. “É uma tendência. Uma ferramenta muito poderosa, que possibilita você conhecer melhor o seu consumidor. Ainda vai crescer muito. Só precisa ser melhor utilizado e compreendido”, avalia Bruno Maia, executivo de marketing e autor do livro “Inovação é o Novo Marketing”

Os canais oficiais dos clubes não são novidade, mas a disputa entre Flamengo e Rede Globo no Carioca, e a publicação da Medida Provisória 984/2020, que altera as diretrizes sobre o direito de arena no país, além da pandemia do coronavírus, fizeram com que o streaming conquistasse “oto patamar”.

A final da Taça Rio transmitida pela FluTV bateu recorde mundial de acessos simultâneos em uma transmissão esportiva, com 3,6 milhões de espectadores. Antes disso, o Flamengo já tinha conquistado números consideráveis quando transmitiu o jogo com o Boavista no YouTube, Facebook e Twitter.

Fortaleza e Ceará também estão exibindo jogos do retorno do Campeonato Cearense. A transmissão da TV aberta é espelhada nos canais oficiais dos clubes. O Atlético-MG também mostrou ao vivo o jogo-treino que realizou contra o América-MG, no YouTube e Facebook. A transmissão recebeu muitas críticas, apesar da boa audiência.

“Estão criando uma visão distorcida, uma expectativa para o torcedor que pode vir a gerar um trauma em razão de um produto mal apresentado. Tantas ofertas confusas podem irritar o consumidor, porque é feito de forma aleatória. O Flamengo teve problemas. Precisou voltar atrás na cobrança e, num segundo momento, retornar a TV aberta”, pondera Bruno Maia.