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Restando menos de um mês para o reinício da Copa Libertadores, o protocolo sanitário elaborado pela Conmebol para a retomada do torneio foi aprovado até agora por apenas quatro países do continente: Paraguai, Venezuela, Equador e Brasil. Restam ainda as assinaturas de seis países da América do Sul: Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia, Bolívia e Peru.

Apesar de a Conmebol não estipular uma data para que os governos respondam ao protocolo, o prazo final para mudança de locais dos jogos é quinta-feira. Assim, os clubes que não puderem garantir a entrada e saída do seu país de times visitantes por qualquer motivo (logística, necessidade de cumprimento de quarentena obrigatória, proibição de realização de eventos, entre outros) devem solicitar à entidade a alteração de estádio, cidade ou até país para disputarem seus jogos como mandante no torneio.

Hoje, os maiores entraves estão na Argentina e no Chile. A Associação de Futebol Argentino (AFA), por exemplo, ainda não definiu quando será possível começar os treinos coletivos – atualmente são permitidas somente sessões em grupos de seis jogadores, que não podem entrar em contato uns com os outros – nem data para o retorno das competições internas, suspensas desde março devido à pandemia do novo coronavírus.

“Há datas marcadas para a Libertadores, mas resta saber se ela poderá ser disputada porque a pandemia ainda é muito alta na América do Sul. Não será fácil para as nossas equipes viajarem para o exterior, bem como receber equipes de outros países aqui”, afirmou o presidente da AFA, Claudio Tapia, ao canal América.

No Chile, Colo-Colo e Universidad Católica também demonstraram preocupação. “Estamos a um mês de enfrentar o Peñarol e tudo está muito complexo. O que vai acontecer quando sairmos do Chile e quando voltarmos teremos que ficar em quarentena por duas semanas?”, disse Harold Mayne Nicholls, dirigente do Colo-Colo, equipe que receberia em Santiago o uruguaio Peñarol no dia 15 de setembro pelo grupo C da Libertadores, em entrevista ao jornal El Mercurio.