Atarde

Há muito tempo que o Bayern de Munique, de Robert Lewandowski, espera por este momento, assim como o PSG e Neymar: a final da Champions League, no domingo, 23, em Lisboa, às 16h (horário de Brasília), oferece um duelo planetário entre dois candidatos impacientes, com talento e com poucas coisas em comum.

Enquanto o PSG celebrava a semifinal inundando as redes sociais com sua alegria, o clube bávaro foi direto para a o local onde está concentrado, longe da multidão, após a classificação.

“Ficamos muito felizes, mas estamos preparando a verdadeira comemoração para a final, se a vencermos”, declarou o atacante da equipe de Munique, Kinsgley Coman.

Entre o PSG, nova potência do futebol que vive uma experiência inédita em seus 50 anos de história, e o Bayern, o clube com postura aristocrática, que se concentra até conseguir o que deseja, há uma guerra de mundos que deu origem ao ‘Final 8’.

Do modelo econômico à imagem pública, passando pelo histórico ou pelo gerenciamento da pandemia do coronavírus, os clubes de Paris e de Munique estão em lados opostos em quase todas os assuntos.

O funcionamento do Bayern, que é um exemplo de clube administrado “à moda antiga” sem gastar mais do que ganha, esbarra com o do PSG, que tem se beneficiado do enorme investimento de seu proprietário catari (que chegou em 2011) flertando com os limites do “fair play” financeiro.

Mas dentro de campo será simplesmente uma partida dos sonhos. “Há sempre muitos gols com estas grandes equipes. Os telespectadores gostam disso”, reconheceu o goleiro bávaro Manuel Neuer.