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Mais emblemática do dia, a derrota no âmbito da CBF “doeu” mais na cúpula rubro-negra. Internamente, a diretoria não acreditava na negativa da confederação no pedido de adiamento do jogo contra o Palmeiras.

Os rubro-negros, no entanto, sabem que o desgaste em reunião – pela volta de público – no início da noite de quinta-feira (24) contribuiu para o desalinhamento de ideias. O Flamengo ficou ao lado do presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janero (Ferj), Rubens Lopes, na áspera discussão com o presidente da CBF, Rogério Caboclo. Ofensas e outras baixarias marcaram o debate.

Desde o início da pandemia, em todos os embates que a diretoria do Flamengo travou nos bastidores conseguiu ter resultados positivos, mesmo que com algumas adaptações. O Rubro-Negro foi um dos principais clubes a se mostrar favorável ao retorno aos treinos presenciais e, posteriormente, aos jogos do Campeonato Carioca.

Nesta discussão, teve o apoio do Vasco, da Prefeitura do Rio, dos clubes de menor investimento e da Ferj. Do outro lado, viu Botafogo e Fluminense se mostrarem contrários ao retorno.

No vácuo da discussão da pandemia, o Fla ainda encabeçou o movimento pela Medida Provisória que alterou a configuração dos direitos de transmissão do esporte brasileiro, que ficou conhecida, inicialmente, como “MP do Flamengo” e, depois, como “MP do Mandante”.

Antes celebrado e com a confiança da cúpula, o protocolo passou a ser colocado em xeque diante do alto número de contaminados. Além disso, as baixas acontecem em meio às tentativas do técnico Domènec Torrent em fazer o time engrenar.

A vitória sobre o Barcelona de Guayaquil, na última terça-feira, diminuiu a pressão, mas os resultados mais recentes, principalmente a goleada sofrida para o Independiente del Valle, ainda assombram.