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A goleada por 5 a 0 sobre a Bolívia na estreia das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar deixou boas impressões, mas não acomodou a comissão técnica da seleção brasileira antes da segunda rodada, hoje (13), às 21h, contra o Peru. Estão previstas mudanças na equipe.

A primeira delas é de ordem estratégica. Com 69% de posse de bola e 20 finalizações na Neo Química Arena, a seleção sabe que o quadro será mais complicado no estádio Nacional de Lima. O Peru esteve na última Copa do Mundo, foi finalista da Copa América de 2019 e é um adversário bem mais qualificado que a Bolívia, que mandou ao país uma seleção jovem e remendada.

Por isso, nos treinamentos entre um jogo e outro, o Brasil desenvolveu alternativas de jogo que não dependam da posse de bola e não exijam ocupação do campo de defesa adversário com tanta frequência como foi na sexta-feira (9).

A ideia envolve mais verticalidade e objetividade na transição ofensiva. Ou seja, usar velocidade para concluir rápido e de modo eficiente as jogadas, criando chances. Mesmo em contra-ataques, assim que o desarme for feito, como explicou Tite.

A bola é a referência da pressão. É onde está a bola que se pressiona ou não. Se o adversário sai em tiro de meta curto eu faço pressão alta, mas se ele quebra a bola para o ataque a pressão será onde ela cair. Essa compreensão é fundamental, saber jogar com essas variações, mais adiantado, em posição média ou posição mais atrasada.

A segunda mudança da seleção brasileira para enfrentar o Peru é de peças. Ontem, Tite não confirmou a escalação, disse que não queria “municiar” o técnico Ricardo Gareca com informações. Porém, em outras respostas, o treinador falou que “se tu troca característica de atleta já traz diversidade” e ainda fez elogios rasgados ao lado esquerdo do ataque, com Douglas Luiz, Neymar e Renan Lodi

O outro lado não recebeu tantas homenagens. Contra a Bolívia, o ponta-direita Éverton Cebolinha não teve rendimento destacado e foi a primeira substituição de Tite, aos 13 minutos do segundo tempo. Dos cinco gols, três contaram com assistência dos jogadores que atuam do lado esquerdo do ataque (Neymar, duas vezes, e Renan Lodi), um do centro (Philippe Coutinho) e um do lado direito (Danilo). Isso tudo significa que uma mudança na escalação é possível neste setor: Cebolinha pode começar no banco.

As alternativas mais viáveis são Rodrygo e Richarlison.