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A regra temporária de cinco substituições no futebol será prorrogada pelo menos até dezembro de 2021 para torneios de clubes domésticos e internacionais e até julho de 2022 para competições de seleções. A decisão foi tomada pelos membros da International Board (Ifab), grupo que regula o futebol e é formado por representantes da Fifa e de federações britânicas.

Isso vai evitar que campeonatos no Brasil e na América do Sul comecem com a regra das cinco substituições e no meio precisem voltar para as três mudanças usuais, que é o que ocorreria se o limite anterior de 31 de julho de 2021 para uso da regra fosse mantido.

No mês passado, o blog mostrou que a Libertadores 2021 sofreria com isso: o torneio teve início no fim de fevereiro com a regra das cinco substituições, que pela determinação anterior só valeria até as oitavas de final. A partir das quartas de final, em agosto, teria que retornar para as três alterações.

O Brasileirão, que começa no fim de maio, também poderia sofrer com isso caso optasse pelas cinco alterações em seu início e depois precisasse mudar a partir de agosto — o uso da regra é opcional pelas federações.

A regra de cinco substituições foi criada em maio de 2020 para minimizar o impacto da pandemia no calendário do futebol, que teve torneios adiados e precisou apertar as competições nas datas disponíveis. A ideia é dar flexibilidade aos treinadores para revezarem mais seus jogadores. Para evitar perda de tempo foi determinado que as cinco alterações serão feitas em três oportunidades ou no intervalo.

Em carta enviada às federações, a Ifab informou que fez uma pesquisa com clubes e jogadores e que o retorno foi positivo para a regra. Não há, por enquanto, planos concretos de que a mudança se torne definitiva, a Ifab afirmou que precisa esperar que o futebol volte ao “normal” no pós-pandemia para avaliar. Dentro da Fifa, que tem voto na Ifab, a avaliação é de que a regra pode tornar o jogo mais ágil.