Globo Esportes

Uma reunião entre o Comitê Organizador, os Comitês Olímpico Internacional (COI) e Paralímpico Internacional (IPC) e governantes japoneses definiu que torcedores residentes no exterior não serão permitidos nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020. Apenas japoneses e estrangeiros residentes no país poderão adquirir ingressos para acompanhar as competições nas arenas. A informação é da Agência Kyodo News.

O presidente do COI, Thomas Bach, a presidente do Comitê Organizador, Seiko Hashimoto, o presidente do IPC, o brasileiro Andrew Parsons, a governadora de Tóquio Yuriko Koike e a Ministra Olímpica Tamayo Marukawa participaram da reunião.

A proibição começou a se desenhar de forma mais concreta no início do mês, diante da prorrogação do estado de emergência de Tóquio e três prefeituras vizinhas até o dia 21 de março. O surgimento de novas variantes do coronavírus no exterior, além da melhora tímida dos índices de contaminação no país e a falta de apoio da população foram determinantes.

A presidente do Comitê Organizador, Seiko Hashimoto, havia estabelecido o dia 25 de março como data limite para a decisão sobre a presença de público estrangeiro. Apesar da vontade de adiar ao máximo a decisão na expectativa de uma melhora da pandemia, uma definição era necessária para o planejamento da rede hoteleira e de transportes do país.

Outro ponto importante refere-se à devolução de ingressos já comprados por torcedores residentes em outros países. Detalhes sobre os processos de reembolso ainda não foram divulgados.

No caso dos fãs japoneses ou residentes no Japão, ainda não se sabe o limite de capacidade das arenas de competição. Mas a expectativa é que o número de torcedores seja reduzido para minimizar as aglomerações. Os fãs também terão que seguir protocolos de comportamento, mantendo distanciamento e evitando gritos e cantos.

Em outubro do ano passado, os organizadores realizaram uma série de testes de medidas anti-Covid que podem ser implementadas para controle dos espectadores durante os Jogos. Chamaram atenção as diferentes tecnologias usadas para monitorar a temperatura corporal, desde o termômetro sem contato e câmeras termográficas a uma espécie de adesivo com cristais líquidos.

Para minimizar aglomerações também havia adesivos colados no chão para controlar distanciamento social e pedidos para que os espectadores levassem às arenas apenas o indispensável. Com bolsas e mochilas menores o controle de segurança era mais ágil, e assim as filas tinham um fluxo melhor.