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Em relatório apresentado às associações filiadas nesta terça-feira (23), a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) fez a previsão de que a Copa América, programada para ocorrer entre 13 de junho e 10 de julho de 2021, terá venda de ingressos para ao menos 30% da capacidade dos estádios na Argentina e na Colômbia, sedes do torneio de seleções.

O Uol apurou que a entidade tem conversado com os governos dos dois países e avançou a ideia de ao menos vender bilhetes para torcedores locais, ou seja, residentes na Argentina e na Colômbia — a Fifa fez isso no Mundial de Clubes do Qatar-2020, realizado em fevereiro de 2021 por causa da pandemia. A covid-19 adiou a Copa América em um ano.

O plano prevê que os torcedores tenham que apresentar exame PCR negativo para covid-19, feito 72 horas antes do jogo. Também poderá ser limitada a duas entradas por pessoa, ou seja, o interessado só poderá ir com um acompanhante, para preservar a distância entre os assentos dentro dos estádios (cinco na Argentina e quatro na Colômbia).

A Colômbia tem 62.148 mortos por covid-19 e a Argentina 54.671, segundo dados oficiais dos dois países. Em 23 de março de 2021, a média diária de mortes na Argentina era de 119 e na Colômbia de 129, números na América Latina piores apenas do que Brasil (2.306), México (471) e Peru (166).

No orçamento para 2021, aprovado nesta terça no Congresso anual, a Conmebol prevê faturar US$ 28 milhões (R$ 153 milhões) com a venda de ingressos e pacotes de hospitalidade para a Copa América — número baseado com a liberação de 30% da capacidade dos estádios. A entidade ainda tem a esperança de que possa chegar aos 50% dos assentos.

A Conmebol enxugou o mínimo possível o calendário da Copa América. Com as desistências dos convidados Qatar e Austrália, que por causa da pandemia não viajarão à América do Sul, a confederação manteve o regulamento e atrasou em só dois dias o início da competição, que antes era 11 de junho e agora será dia 13.