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O Ministério Público de São Paulo encontrou falhas e reformulou o protocolo proposto pela Federação Paulista de Futebol para a retomada do Campeonato Paulista nos próximos dias – o estado está em fase emergencial para contenção da pandemia de Covid-19 até 11 de abril.

Uma nova reunião entre Ministério Público e FPF deve ocorrer nos próximos dias, provavelmente na quarta-feira. Caso a Federação aceite as alterações propostas, o caminho estaria aberto para o retorno do Paulistão.

As principais falhas identificadas pelo MP estão na proposta de “bolha” feita pela Federação Paulista, que tem como objetivo diminuir os riscos de contágio por atletas e funcionários dos clubes. Os dados da pandemia em São Paulo, como números de casos, internações e ocupação de leitos de UTI, também servirão de base para a liberação ou não do futebol no estado.

O torneio foi paralisado no último dia 15 de março, quando novo decreto do governo João Doria (PSDB) suspendeu a realização de eventos esportivos no estado como medida de contenção da pandemia de Covid-19. A suspensão se baseou em recomendação do MP.

Nesse período, a FPF organizou dois jogos, Mirassol x Corinthians e São Bento x Palmeiras, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, mas depois não conseguiu encontrar outros locais fora de São Paulo para transferir as partidas.

A primeira intenção é conseguir apoio do MP para realização de jogos ainda nesta semana. O plano é adiantar partidas de times com calendários mais apertados, como Corinthians e São Paulo. O Timão já foi avisado sobre a possibilidade de voltar a jogar na quarta-feira.

A liberação imediata, porém, é tida como improvável na FPF. Por isso, o segundo pedido será o de conseguir a liberação dos jogos para o dia 12 de abril – a atual fase emergencial vence no dia 11, mas pode ser ampliada.

A federação mantém a intenção de terminar o Paulista até o dia 23 de maio, data original da final. Para isso, além de contar com a liberação no máximo até a semana que vem, terá que organizar uma maratona de jogos, possivelmente com partidas de um mesmo clube com intervalos menores do que 72 horas.

Se confirmada, será a segunda reunião entre a FPF e o MP desde a semana passada, quando os clubes se reuniram para produzir o novo protocolo. A primeira não teve resultado, e federação informou apenas que o diálogo seria retomado.