Lance

Como já se tornou comum, CBF e Conmebol tapam os olhos para a Covid-19 e tentam fazer valer seus calendários aos trancos, barrancos e infecções.

A menos de 24 horas de Independiente del Valle x Grêmio, a entidade suspendeu a partida e a remarcou para sexta, no Paraguai. Isso porque o Imortal, que teve três jogadores testando positivo, foi impedido de sair do hotel pelas autoridades locais e não pode treinar para o duelo que ocorreria hoje, no Equador. Para não quebrar a isonomia, a Conmebol aceitou em mudar a data do jogo.

Enquanto isso, o Palmeiras anunciou ontem que o atacante Luiz Adriano contraiu o vírus pela segunda vez e está fora do jogo de ida da final da Recopa Sul-Americana, contra o Defensa y Justicia.

E a federação paulista continua sua saga para convencer o Ministério Público a liberar ainda esta semana os jogos do campeonato estadual. E a bola continua rolando no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com alguns dribles em proibições provisórias de locais e horários.

Hoje, não há nenhum país no mundo que sofre tanto com os efeitos da pandemia quanto o Brasil. A insistência pelo futebol em meio ao caos é só o reflexo de uma nação que finge não entender que a vida é mais importante que qualquer outra disputa.