:: ‘desaparece’

Futebol Baiano

Era de se imaginar. Um clube rebaixado para a segunda divisão estadual, com problemas financeiros sérios e brigas entre atletas e diretoria, além de péssima relação com a prefeitura da cidade resultou em mais um capítulo negativo no futebol da Bahia. Jogadores e comissão técnica do Poções ainda não receberam os salários atrasados e permanecem aguardando um posicionamento dos cartolas da Raposa do Sudoeste.
O presidente do Poções, Raimundo Rodrigues, não é encontrado na cidade desde o final da primeira fase do Baianão. Com mais de dois meses de salários atrasados, jogadores ameaçam colocar o clube na justiça, mas temem não receber o dinheiro tão cedo. Ninguém da diretoria ousa de pronunciar sobre o assunto.

Antes do encerramento do Campeonato Baiano, alguns jogadores já haviam demonstrado revolta contra o presidente Raimundo Rodrigues. Além de não receberem os salários, os atletas eram obrigados a lavarem os uniformes após os treinos. Indignados, quebraram móveis da pousada onde ficavam hospedados, na cidade de Jequié.

Ao final da competição, o presidente do clube deu declarações de que o Poções ainda não havia recebido o repasse da promoção “Sua Nota é um Show”, e por isso não teve capacidade de honrar seus compromissos. No entanto, boa parte deste dinheiro deverá ser destinado a pagamento de dívidas feitas no comércio local de Jequié, cidade onde a equipe mandou seus jogos no Estadual.