A matemática ainda não dá uma vaga para o Bahia, caso este consiga mais um triunfo no Estádio de Pituaçu, diante do Fluminense de Feira. Porém, os três pontos deste sábado, 28, praticamente garantem o lugar do tricolor na próxima fase. Basta analisar alguns fatos para consolidar o Esquadrão de Aço nas semifinais, restando ainda 5 rodadas para o fim do turno.


Para despistar, Gallo conversa com todos os jogadores
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O adversário de logo mais é o primeiro fator. Será o último time da zona de classificação que o Bahia vai enfrentar. Após o empolgado Touro, o tricolor só pega o Itabuna, sexto colocado, um dos seis clubes com chances reais de classificação, mas na última rodada do certame.

E, se depender dos jogos anteriores, o Bahia não terá problemas. Dos clubes ainda na briga, o elenco do técnico Alexandre Gallo não perdeu para ninguém. Dos 8 jogos, foram 3 empates e 5 triunfos, incluindo o diante do rival Vitória, por 2 a 0.

O aproveitamento contra as principais forças deste ano no estadual foi de 75%. Isso dá mais moral para a teoria de Gallo, que assegura não ter tido nenhum trabalho no Estadual, exceto com o Atlético de Alagoinhas, no empate da última rodada.

Vencendo o Touro de Feira, uma derrota do Vitória da Conquista para o Atlético, no Carneirão, praticamente coloca o Bahia na semifinal. Só com muita reza braba para não acontecer o óbvio. O elenco do Fazendão precisaria perder cinco jogos consecutivos. Seria como não conseguir 06,6% dos pontos ainda em disputa. Com perdão à matemática, mas isso seria impossível.

Talvez pela tamanha facilidade para classificar, a comissão técnica e toda diretoria tricolor querem mais que uma simples vaga. Querem mesmo é tirar a liderança do rival Vitória. “Não queremos só a classificação. Nosso objetivo é terminar a fase em primeiro, o que é possível”, assegurou o comandante Gallo.

E hoje isso pode acontecer. Com um jogo a menos, o Bahia tem apenas 2 pontos atrás do líder rubro-negro. Vencendo o Flu, automaticamente assume a liderança. Neste domingo, 29, caso o Vitória vença o Feirense, o Esquadrão volta para a vice-liderança. Mas não é motivo para preocupação. Na próxima terça, o Bahia faz o jogo que seria da segunda rodada da competição e basta um triunfo simples para passar o rival e só depender de si mesmo para terminar a fase na ponta da tabela.

Moralmente – E enfrentar o Flu de Feira tem um gosto a mais. Os dois clubes são os melhores exemplos do casamento perfeito entre elenco e técnico. São os únicos que não mudaram de treinador entre todos os times da competição.

E, como prova de que este planejamento dá certo, ambos estão na zona de classificação. Melhor: foram os únicos times que não conheceram derrota para o líder da competição. O Vitória, que já teve três técnicos no estadual, perdeu as duas partidas para o Fluminense, além de ter perdido para o Bahia e empatado outra. “Ter um planejamento seguido como o nosso só ajuda a ter boas campanhas no ano. Futebol não se faz da noite para o dia”, finalizou Gallo.

BAHIA X FLUMINENSE

  • Bahia – Marcelo, Patrício, Nen, Edvaldo, Rogério e Rubens Cardoso; Leandro, Elton e Helton Luiz; Reinaldo e Beto. Técnico: Alexandre Gallo.
  • Fluminense – Alan, Chiquinho, Zé Roberto, Thiago, Renato Mello e Deca; Dudu, Galego e Tácio; Brasão e Harley. Técnico: Nazareno Silva.
  • Quando: 28 de março de 2009, sábado, às 17h.
  • Onde: Estádio Roberto Santos (Pituaçu), em Salvador.
  • Arbitragem: Manoel Nunes Lopo Garrido, auxiliado por Luiz Carlos Silva Teixeira e Ednei Costa Oliveira Brito.