Gazeta Esportiva

Contra a Venezuela, vira-lata chamou mais atenção do que os jogadores

Os cachorros estão por todos os lados na Argentina. Por onde a seleção brasileira passa durante a Copa América, matilhas aparecem para latir, pedir afago e comida e até para centralizar atenções – como ocorreu quando um vira-lata invadiu o gramado na decepcionante estreia sem gols com a Venezuela. Diante do Paraguai, às 16 horas (de Brasília) deste sábado, o objetivo do time de Mano Menezes é acabar com os “dias de cão”.

A primeira partida do Brasil no torneio foi preocupante. A torcida realmente só se empolgou em La Plata no instante em que o vira-lata deu uma volta no campo, passando de forma mansa pelo goleiro Júlio César, e saiu aplaudido na direção do vestiário depois de driblar alguns seguranças. Mano Menezes, ao contrário, chegou a vibrar em outros (poucos) momentos do confronto. “Os nossos primeiros 30 minutos de jogo foram bons, com chances de gol. É assim que precisa ser contra o Paraguai”, cobrou.

Para amenizar a pressão, Mano lembrou que o Brasil não foi o único favorito a não “uivar” na Copa América. O “complexo de vira-latas”, consagrado por Nelson Rodrigues com a derrocada como local na Copa de 1950, passou a ameaçar a maior rival em 2011. “A Argentina não vem bem, mas temos características, estágios e problemas diferentes. A gente já conta com uma boa sistematização da nossa defesa”, comparou o técnico, que provavelmente ainda não mexerá no ataque. Os meio-campistas Lucas e Elano foram testados nas vagas de Robinho e Ramires na quarta-feira, mas deverão seguir na reserva.