IBahia

Mais da metade do dinheiro que os nossos clubes arrecadaram com a venda de ingressos na 1ª fase do Campeonato Baiano foi destinado ao pagamento de taxas e impostos. Levantamento do CORREIO mostra que, dos R$ 4,4 milhões gerados nas bilheterias após 132 jogos, só R$ 1,7 milhão (38,64%) chegou ao caixa dos 12 clubes.

As despesas com taxa de arbitragem (R$ 472.347,06) ou com a confecção de ingressos (R$ 399.545,30), por exemplo, foram maiores que as receitas líquidas de bilheteria de todos os clubes, exceto o Bahia. “A gente fala para reduzir, mas cai no lugar vazio. Você faz o espetáculo, tem uma folha alta e fica com 40%. Quero ver qual outro negócio é assim”, critica o diretor financeiro do Vitória, José Perdiz.

Há despesas fixas, com base na bilheteria bruta, como os 5% para a Federação Bahiana de Futebol (FBF) e o INSS; ou os R$ 0,15 do seguro ao torcedor, descontado de cada ingresso vendido e repassado à Capemisa Vida e Previdência.

“Em Pituaçu, o Bahia paga seu próprio quadro móvel, o quadro da FBF e o da Sudesb: são três. Deve ter gente na mesma função, mas não se discute”, reclama o diretor financeiro do Bahia, Thiago Cintra, que ainda questiona a taxa de 6% da renda bruta para aluguel do estádio. “É absurdo. Deveria ter teto mínimo e máximo. Só tem mínimo”.

No estadual, Bahia, Vitória, Bahia de Feira e Fluminense pagam aluguel de estádio. Os demais clubes do interior contam com gratuidade das prefeituras, donas dos estádios. “O dinheiro do aluguel do Barradão (privado) retorna, mas arcamos com energia, limpeza, manutenção… Nem cobre”, calcula Perdiz.