Atlético desafia tradição do Olimpia para apagar frustração histórica
Uol
Quando se compara futebol brasileiro e paraguaio é simples definir qual é o mais tradicional. Nesta quarta-feira, às 21h50 (horário de Brasília), no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, quando se inicia a decisão da Libertadores 2013, os papéis estão invertidos. O Olimpia, que chega à sétima final do torneio e busca seu quarto título, tem o peso da tradição a seu favor. O desafiante é o Atlético-MG, que pela primeira vez em seus 105 anos de história, chega tão longe no certame.
Por ser um feito inédito, poucas vezes na vida do alvinegro mineiro houve uma mobilização tão intensa e uma sintonia tão grande entre jogadores e torcedores. Além disso, a equipe atleticana tem mostrado desde o início do ano, com raros momentos de exceção ao longo da temporada, futebol consistente do ponto de vista coletivo, com destaques individuais. Não é à toa, que o Atlético-MG teve a melhor performance ao longo da competição, garantindo o direito de decidir sempre em casa, em todas as fases.
Obstáculo a ser superado é a obrigação de conquista que pesa sobre cada um dos jogadores atleticanos para que a massa torcedora não sinta o gosto da frustração. “É um título que o atleticano busca há muito, muito tempo, e nós hoje somos representantes diretos e temos a oportunidade de presenteá-lo com essa conquista e não vamos medir esforços para tentar levar esse caneco para casa”, observou o técnico Cuca.
A classificação para a disputa da Libertadores, com o vice-campeonato brasileiro de 2012, já aguçou o sentimento do atleticano. Desde o sorteio, realizado na sede da Conmebol, no Paraguai, as dificuldades foram surgindo e sendo superadas. Afinal, se não chegou a ser um grupo da morte, o alvinegro mineiro tinha as incômodas companhias do São Paulo, do argentino Arsenal e a altitude boliviana do Strongest.