Globo Esportes

vitinho_lodeiro_glo_guitomoreto

O assédio a Vitinho não é novidade. No começo deste ano, sondagens já começaram a surgir pelo talento do menino. Não houve sequer conversa, já que elas alcançavam apenas cinco milhões de euros. De lá para cá, o jogador evoluiu até se transformar efetivamente em titular no começo de julho, com a saída de Fellype Gabriel. Bastou uma sequência para dar adeus e acertar com o CSKA Moscou, que apareceu no Rio de Janeiro disposto a pagar os 10 milhões de euros (R$ 31,6 milhões) da multa rescisória.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o vice-presidente de futebol do Botafogo, Chico Fonseca, explicou a negociação e disse que o clube fez o possível para manter Vitinho. No entanto, os valores da proposta do CSKA Moscou impediram qualquer expectativa de permanência do jogador.

– O Botafogo fez tudo que poderia ter feito. O que oferecemos ao Vitinho, na atual situação do clube, nem poderíamos ter oferecido. Conversamos insistentemente esse fim de semana inteiro e ele se manteve irredutível pela proposta astrônomica do CSKA. Não tínhamos como cobrir a proposta. Vai ganhar uma fortuna lá – explicou Chico, sem revelar os valores.

Sobre o relacionamento com a Traffic, o dirigente não concordou com as palavras do ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, que falou até em “quase sequestro”. Para Chico, foi uma atitude normal de representante de jogador. Havia mais clubes interessados em Vitinho, como o Galatasaray e o Porto, mas o escolhido acabou sendo o CSKA.

– A proposta era alta e vantajosa. Ninguém fez força para ele ficar, só o Botafogo. Ele resolveu que deveria ir embora, mas não foi sequestrado como disse o Montenegro. A Traffic abraçou ele, essa é a função dela – afirmou Chico.