Tribuna da Bahia

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Convocado para a seleção brasileira, Anderson Talisca tem sido o principal jogador do Benfica até o momento. No entanto, a relação do meia-atacante, artilheiro do Campeonato Português, com instituições lusitanas poderia ter criado raízes mais fortes. Quando tinha 13 anos, o jogador teve a oportunidade de defender as categorias de base do Vasco da Gama. Mas problemas no alojamento e burocracias da Lei Pelé impediram Talisca de defender o Gigante da Colina.

Dispensado de São Januário, o atual camisa 30 dos Encarnados foi levado ao Bahia. Lá, Anderson ganhou o apelido ‘talisca’, por causa das pernas finas, e começou se soltar ainda mais no futebol. Atualmente, o jovem meia é cobiçado por diversas potências da Europa e se vê cada vez mais valorizado no Estádio da Luz. Responsável por levar Talisca para o Bahia, Newton Motta falou sobre o assunto.

“Acabou não dando certo porque faltou lugar para ele (…) Nessa época, ele estava no Astro e foi passar um período no Vasco, alguns meses, atuando na categoria sub-15 mesmo com baixa idade. Não funcionou e um agente de jogadores chamado Rivelino, que observava atletas para mim na região, me disse que tinha um menino e queria trazer para treinar conosco”, disse Motta para a ESPN.com.br.

“Um outro garoto nesse dia, quando o viu, pernas compridas, magrinho, na época com 50 kg, soltou: ‘parece uma talisca’ (pedaço de madeira). Acabou pegando, todo mundo riu e, no seu primeiro ano, ele já se sagrou campeão da Copa Zico, no Rio de Janeiro. Nesse time, ele era o maestro, batia falta, pênalti, escanteio, não era um volante de marcação, atuava com liberdade, mais ou menos como o Paulinho”.