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Desde 2009, por oito anos consecutivos, só deu Santos na final do Campeonato Paulista. A sequência, que igualou um feito da era Pelé, rendeu quatro títulos. O oposto disso tudo é o Audax, que surpreendeu e pela primeira vez chega à decisão do Estadual. A tradição e o ineditismo se enfrentam neste domingo, às 16 horas, no estádio José Liberatti, em Osasco (SP).

Ao contrário das quartas e das semifinais, a final é disputada em dois jogos, neste domingo e no próximo, na Vila Belmiro. Graças à melhor campanha, o Santos decidirá em casa. É a única vantagem definida no regulamento: se houver dois resultados iguais, o título será definido na disputa de pênaltis.

O Santos tem o favoritismo pela história, pelo peso da camisa e por ter em seu elenco, muito mais caro, jogadores de seleção brasileira. Basta ver seu setor ofensivo: Gabriel, Lucas Lima e Ricardo Oliveira. O que tem o Audax? É o time que destroçou o São Paulo, ao vencer o jogo das quartas de final por 4 a 1, e eliminou o Corinthians, nos pênaltis, no estádio Itaquerão, jogando de igual para igual contra o atual campeão brasileiro.

Ou seja: a campanha surpreendente que o time do técnico Fernando Diniz fez na primeira fase foi confirmada diante dos grandes da capital. Sem medo, o Audax encontrou um modo particular de jogar, que não se intimida, nem mesmo na casa do adversário.

Não há nenhuma semelhança com a campanha do Ituano, em 2014, que conquistou o título com uma proposta de jogo defensiva. Por isso, o Audax não será subestimado pelo técnico Dorival Júnior. “Acho que corremos um risco muito grande. Primeiro porque o Audax tem um trabalho e um conceito de jogo que é aprimorado a todo momento. Não foi por acaso que tirou os adversários que tirou”, afirmou o treinador do Santos.

Fernando Diniz também elogiou o rival. Disse que é um adversário que precisa ser respeitado e requer atenção. No entanto, sua receita para ser campeão é não inventar nada de última hora. “Não tenho nenhuma carta na manga”, disse o técnico do Audax. “Vamos jogar como sempre jogamos até aqui, procurando apenas melhorar, evoluir…”