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Vamos falar de merecimento. Quem merece mais o título Carioca que será disputado neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã? Vascaínos e botafoguenses têm seus argumentos para justificar a coroação de uma trajetória com muitos pontos em comum, mas que terminará com o sorriso em apenas um dos lados. Foram eles os que renegaram a Primeira Liga em nome do estadual, foram eles que valorizaram a competição, foram eles que dividiram até o mesmo estádio de São Januário na caminhada até a finalíssima. Vasco e Botafogo têm seus motivos para acharem mais dignos do brasão de melhor do Rio de Janeiro até o verão do ano que vem e ninguém é capaz de negar isso

Pela campanha invicta que não acontecia desde 1992. Pelo bicampeonato que não acontece desde 1993. Pela escolha de Jorginho, que recusou o Cruzeiro pela estabilidade no clube. Pelo desempenho de Nenê, craque do campeonato. Pela vantagem do empate de quem venceu o primeiro jogo por 1 a 0. Pela volta por cima de Riascos, de vaiado a goleador. Pelo apoio do torcedor, que dormiu na fila e lotou aeroportos pelo Brasil. Pela recuperação após o rebaixamento, o Vasco merece, sim, esse troféu.

Motivos também não faltam para o título ir para General Severiano. Por Ricardo Gomes, que com um elenco limitado fez um trabalho extraordinário, deu nova cara ao time e pode se afirmar de vez com o segundo troféu em menos de um ano após retornar ao futebol. Por Jefferson, que renegado por Dunga fez do Botafogo sua seleção. Por Ribamar, jovem da Cidade de Deus que subiu em janeiro para completar os treinos e tornou-se uma das sensações do campeonato. Pela torcida, carente de ídolos e sofrida com um rebaixamento melancólico para a Série B há pouco mais de um ano. Pela juventude alvinegra, que provou ser capaz de suprir a ausência de medalhões e levou o time à decisão.

A finalíssima será comandada pelo árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro, auxiliado por Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Dibert Pedrosa Moisés.