Na Colômbia, São Paulo busca uma virada inédita na semifinal da Libertadores
r7
A busca por um dos maiores feitos da história move o São Paulo para nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Medellín, na Colômbia, anular a vantagem de 2 a 0 construída no jogo de ida pelo Atlético Nacional para chegar à final da Copa Libertadores. A tarefa no estádio Atanasio Girardot ganhou o status de desafio, quase uma busca pelo milagre, pelo contexto da competição e pela dura derrota no Morumbi.
Com a possível presença de mais de 40 mil torcedores contra, o São Paulo tentará uma série de feitos inéditos para chegar à sétima decisão de Libertadores da sua história. A lista, por exemplo, inclui vencer pela primeira vez como visitante na competição e virar uma vantagem jamais conseguida em todas as semifinais do torneio.
O São Paulo precisa ao menos repetir os 2 a 0 para levar para os pênaltis. Se ganhar por três gols de diferença ou mais, estará na decisão. Mesmo caso de triunfo por dois de diferença a partir de 3 a 1.
A dificuldade da missão aumenta pelos desfalques de Maicon, suspenso, e dos lesionados Kelvin e Paulo Henrique Ganso. O camisa 10, aliás, está de saída para o Sevilla e deve dar adeus mais cedo se o time for eliminado nesta quarta-feira. Para a função dele, o técnico argentino Edgardo Bauza vai apostar no argentino Centurión, que volta após ficar três jogos suspenso por cuspir em um jogador do Toluca, do México, nas oitavas de final.
“Não temos apenas que fazer gols. Isso é importante, mas a equipe tem que fazer um jogo inteligente. Vamos arriscar em alguns momentos, mas o Nacional é um adversário perigoso”, afirmou Edgardo Bauza.
A preparação na Colômbia teve dois dias de treinos fechados. O último foi no estádio do Envigado, clube da região metropolitana de Medellín onde o meia James Rodríguez, artilheiro da última Copa do Mundo e atual jogador do Real Madrid, começou a carreira.
A atividade teve como baixa de última hora o volante João Schmidt. Com dores na coxa direita, ele chorou por estar decepcionado com a limitação física e vai dar lugar a Hudson.
O treinador argentino, adepto da organização tática e do futebol pragmático, mostrou irritação ao ser perguntado sobre a necessidade de fazer gols como visitante, mas ter três volantes de origem na formação titular. “Tenho uma formação ofensiva em mente. Em algum momento posso colocá-la em campo”, afirmou.