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Em seu último relatório financeiro, do final de 2016, a CBF informou que tinha em caixa um valor que seria suficiente para pagar entre 12 anos do sistema de árbitro de vídeo. A entidade alega que não pode investir no projeto por falta de fontes de recursos e por questões de compliances (governança corporativa). A mesma confederação se recusa a informar quanto tem atualmente guardado no banco.

Na segunda-feira, os clubes reprovaram o árbitro de vídeo no Brasileiro da Série A em seu Conselho Técnico. O principal argumento foi o custo que seria de R$ 500 mil por clube para o segundo turno.

Segundo a CBF, o árbitro de vídeo custaria entre R$ 40 mil e R$ 50 mil por jogo. Na conta total, isso daria um valor entre R$ 15 milhões e R$ 19 milhões. Arredondando, a confederação estimava em R$ 20 milhões para cobrir tudo.

”A CBF tem uma série de medidas de compliance atualmente. Não dá para simplesmente pegar o dinheiro e pagar”, afirmou o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Marcos Marinho, ao blog.

Ao explicar os altos custos do árbitro de vídeo, Marinho contou que o sistema ainda está em seu início de implantação. ”São poucas empresas que fazem e cobram mais. Foram ouvidas três empresas”, disse ele sobre o levantamento de de orçamento.

Na Europa, esse custo é bem mais baixo, como mostrado pelo UOL, e a justificativa seria a necessidade de maior infraestrutura no Brasil. ”Tem que instalar um sistema em cada um dos estádios. A Globo apenas distribui as imagens”, contou Marinho.