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Ronaldinho Gaúcho, duas vezes melhor do mundo, está em uma gaiola de ouro. O hotel cinco estrelas Palmaroga, em Assunção.

A pandemia fez com que ele e o irmão Assis sejam os únicos hóspedes. Além dos policiais, que estão para impedir eventual fugas.

A desmoralização, de ter sido pego com passaporte falsificado paraguaio, trava qualquer ação do governo Bolsonaro. O ministro da Justiça, André Mendonça, não se manifestou e nem se manifestará a favor do pentacampeão mundial com a Seleção.

O motivo é simples. Não há certeza em Brasília se Ronaldinho Gaúcho e Assis são inocentes.

Os passaportes falsos com que entraram no Paraguai são provas pesadas. Assim como a desconfiança das autoridades do país que os dois fariam parte de um esquema de empresas de fachada para lavar dinheiro.

O ex-ministro Sérgio Moro, assim que Ronaldinho foi preso, telefonou para autoridades paraguaias para saber como ele estava. Teve a confirmação que não corriam perigo, estavam bem instalados.

Mas teriam de seguir detidos, em prisão temporária, por conta dos passaportes falsos, que poderiam indicar um esquema de lavagem de dinheiro com a empresária Dalia Lopez, que levou os dois e ainda arrumou os passaportes.

Pelas leis do pais vizinho, qualquer suspeito pode ter declarada a prisão preventiva por seis meses. Ronaldinho e Assis acreditavam que fosse uma questão de dias.

A situação de Ronaldinho e Assim é constrangedora. E, apesar de ser embaixador do Turismo do Brasil, ele não conta com o apoio do governo.

Por ninguém em Brasília ter certeza. Se ele é inocente ou não…