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Em reunião na sede da CBF, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, integrantes da Comissão Nacional de Clubes defenderam que os times rebaixados no Brasileirão passem a receber premiação por desempenho. Atualmente, a premiação é paga somente até o 16º colocado. Quem cai para a Série B não recebe nada.

Presidente do Conselho e do Vasco, Alexandre Campello afirmou que os clubes da Série A sinalizaram apoio à redistribuição do prêmio. Mas ainda estão sendo discutidos os moldes da mudança. O dirigente propôs que o último colocado receba entre R$ 3,6 milhões e R$ 4 milhões.

No contrato de direitos de transmissão que entrou em vigor em 2019, o dinheiro é distribuído da seguinte forma:

40% são divididos igualmente entre todos os clubes
30% são divididos conforme número de jogos transmitidos
30% são divididos de acordo com a colocação na tabela

No entanto, os clubes rebaixados não ganham dinheiro na terceira categoria, de acordo com a colocação. Assim, em 2019, Cruzeiro, Chapecoense, CSA e Avaí só receberam pelos dois primeiros quesitos, além do pay-per-view.

– Há uma reivindicação dos clubes que são rebaixados e que acabam não recebendo nada de premiação. A maioria dos clubes entende como justa a reivindicação – afirmou Campello.

– Hoje, quem caiu em 2019 não ganhou absolutamente nada. A premiação começa do 16º ao 1º. O que a gente está discutindo é redistribuir esse valor pelos 20. Todo mundo que participou do campeonato ter direito. O campeão perde um pouquinho. De R$ 33 (milhões), fica com R$ 30 milhões. Um pouquinho de cada um. A ideia é que seja mexido de maneira linear. De forma gradual até o primeiro. Tem quase unanimidade, o que a gente vai analisar são os valores.

Outro tema debatido na reunião foi a venda de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para o exterior. De acordo com Alexandre Campello, os clubes analisaram três propostas, mas inicialmente os valores não são tão animadores.

– Estão trazendo três propostas. É um mercado novo, a gente não tem experiência. Hoje, o futebol brasileiro lá fora não tem valor, precisa conquistar o mercado. A gente não vai conseguir quem pague um valor alto. No meu modo de ver, é um contrato que tenha um valor de partida, inicial e seja escalonado de acordo com a resposta, resultado, sucesso – analisou.