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A bola já está rolando novamente em praticamente toda a Europa. Vários países da Ásia e alguns da América Central também retomaram suas competições. E até o Brasil, um dos epicentros da pandemia neste momento, já teve uma partida disputada na semana passada.

Mas a China, onde o novo coronavírus (Covid-19) foi identificado pela primeira vez e de onde se espalhou para todos os cantos do mundo, ainda não sabe quando suas competições de futebol serão reiniciadas.

E já há até quem defenda que a modalidade deve ficar paralisada até o fim do ano e só retornar na temporada 2021.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a China já teve 85 mil casos da doença e registrou cerca de 4.600 mortos. Na última semana, o país teve uma média de 35 novos infectados por dia.

Os números são bem melhores do que os do auge da pandemia por lá (no começo de fevereiro, havia cerca de 3 mil contaminações diárias). Mas, na avaliação de quem manda no futebol chinês, ainda não são suficientemente seguros para permitir o retorno dos campeonatos.

“Os países europeus decidiram retomar [o futebol] porque acreditam que, mesmo que a situação envolvendo o coronavírus sofra alterações diárias, é possível recomeçar com os jogos caso o número de novos casos esteja sob controle e o sistema médico esteja funcionando bem”, afirmou o médico Zhang Wenhong, que tem trabalhado como consultor para a CFA (Federação Chinesa de Futebol), em entrevista à rede de TV CGTN.

Inicialmente, o início da temporada da Superliga Chinesa estava programado para o dia 22 de fevereiro. Depois, o pontapé inicial da competição foi adiado para abril, maio, junho… E, até duas semanas atrás, era quase consenso no país que o futebol provavelmente seria retomado em meados de julho.

Mas um novo surto da Covid-19 na capital Pequim bagunçou esse planejamento. A cidade precisou colocar 30 bairros em quarentena, fechou alguns mercados e mandou alunos dos ensinos fundamental e médio novamente para casa.