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A ginástica artística brasileira promoveu momentos de altos e baixos na Arena de North Greenwich. Frustração com o fraco desempenho da equipe feminina; alegria com a inédita final e o 10° lugar de Sergio Sasaki no individual geral. Emoções que apenas prepararam a torcida para o que estava por vir nesta segunda-feira. Na última prova da modalidade com presença de um atleta nacional, Arthur Zanetti fez história. Recebeu a nota 15.900 nas argolas e conquistou a primeira medalha de um ginasta do Brasil nos Jogos Olímpicos. A bandeira verde e amarela está no topo novamente em Londres. É ouro.

– Estou muito feliz porque essa é a primeira medalha do meu país para a ginástica. Trabalhei por muito tempo para conseguir essa medalha – disse Zanetti.

Último a se apresentar, Arthur Zanetti ignorou o favoritismo do então campeão olímpico e tricampeão mundial, o chinês Yibing Chen. O atleta asiático já assustava os outros competidores antes mesmo da prova começar. No telão da arena, imagens de grandes momentos da ginástica mostravam Chen ao lado de ídolos do esporte, como a romena Nadia Comaneci, primeira ginasta a conquistar a nota 10 na história, nos Jogos de Montreal, em 1976.

Dono do melhor resultado da ginástica brasileira nos Jogos Olímpicos, Zanetti, de 22 anos, começou a se destacar na prova de argolas em 2011. O paulista de São Caetano do Sul foi medalhista de prata no Pan-Americano de Guadalajara e no Mundial. Já em 2012, ganhou o ouro nas etapas de Maribor (Eslovênia) e Ghent (Bélgica) da Copa do Mundo.