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O primeiro Clássico dos Clássicos internacional é, sobretudo, coincidência e ironia. Sport e Náutico medem forças a partir das 19h30, na Ilha do Retiro. Chegou o dia improvável. Festejado. Lamentado. A classificação do Náutico à Copa Sul-Americana via Campeonato Brasileiro (só confirmada após a eliminação precoce do Timbu na Copa do Brasil) foi motivo de orgulho, festa e gozação por parte dos alvirrubros.

Rebaixados à Série B no mesmo Campeonato Brasileiro, ano passado, os torcedores do Sport viram a Sul-Americana cair no colo no apagar das luzes – sem que o time sequer tenha entrado em campo. Graças a um regulamento esdrúxulo e uma extensa combinação de resultados na Copa do Brasil. Quarta-feira, dia 28, tem o jogo da volta na Arena Pernambuco. Um lugar na fase internacional da competição é o prêmio. Quem passar se garante nas oitavas.

As saudosas lembranças de ambos os clubes na Libertadores aquecem o ambiente pré-jogo. Foram três participações em quatro décadas. Uma do Náutico, em 1968, e duas do Sport, em 1988 e 2009. Antigo sonho, o objetivo de voltar a cruzar as fronteiras da América congela as atenções dos dois clubes em suas respectivas divisões do Campeonato Brasileiro.

Pausa no drama alvirrubro (afundado na lanterna da Série A) e no bom momento rubro-negro na Série B ( firme no G-4 em 3º lugar). De quebra, o Timbu se depara com um tabu de nove anos. O último triunfo na Ilha do Retiro data de 28 de março de 2004. Já são 20 jogos de jejum. Uma senhora missão para o técnico Jorginho, que estreou no comando alvirrubro com derrota diante do Fluminense, sábado passado, na Arena Pernambuco. Será também o duelo do pior ataque da Série A do Campeonato Brasileiro contra a quarta pior defesa da Série B. Quando a bola rolar, começa a ser escrito um nobre e inédito capítulo da rivalidade centenária.