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O passaporte para eternidade. Um lugar definitivo entre os maiores de todos os tempos. Uma nação que ainda o questiona aos seus pés. O fim do único “porém” em uma trajetória marcada pelo sucesso. Neste domingo, Lionel Messi e a Copa do Mundo se reencontram. Será a terceira vez que seus caminhos se cruzam, e pouco importa se o craque argentino vive o momento de maior irregularidade na carreira. Mais maduro, mais líder e, principalmente, mais bem amparado em sua equipe nacional, ele tem a oportunidade de começar a provar neste domingo, a partir das 19h (de Brasília), no Maracanã, contra a Bósnia, que a Copa do Brasil pode ser, sim, a Copa de Messi.

O retrospecto em Mundiais está longe de ser empolgante. Por sinal, é uma das poucas marcas decepcionantes do craque. Convocado para Alemanha-2006 e África do Sul-2010, Messi jogou oito partidas, esteve em campo por 571 minutos, e marcou um único gol – em sua estreia, na goleada por 6 a 0 sobre a Sérvia. A dupla eliminação para alemães não tinha, no entanto, um Messi tão consagrado como o de hoje em dia. Nos últimos quatro anos, foram três eleições de melhor do mundo, nove títulos pelo Barcelona e a consolidação como o jogador mais genial de sua geração. Falta, porém, a Copa.

Apesar do desempenho mediano nos últimos meses pelo Barça, o Mundial reencontra um Messi que parece muito mais preparado para suportar a pressão que carrega nas costas. E bota pressão nisso: são 21 anos da Argentina sem um título por sua seleção profissional, 28 desde a última conquista em Copas, e a esperança de 40 milhões de compatriotas que gritam a plenos pulmões que “pelas mãos de Leo Messi uma volta olímpica vão dar”.

O pontapé inicial na competição será também a estreia de Messi no Maracanã. Consagrado mundialmente pelo que fez na Europa, o garoto que deixou a Argentina aos 12 anos busca repetir o estrelismo em gramados de seu continente. O primeiro passo acontecerá no mesmo palco onde projeta dar o último, dia 13 de julho. Pela frente, a Argentina terá uma Bósnia sem pressão pela vitória e que, até por isso, promete se mandar para o ataque com seus grandalhões, comandados por Edin Dzeko, de 1,93m.