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Felipe e Pedrinho foram confirmados como técnico e auxiliar, respectivamente, do Tigres para a disputa do Campeonato Carioca de 2017. Formados nas categorias de base do Vasco, e com uma larga experiência no futebol, eles vão dar o pontapé inicial na preparação da equipe para o Estadual. Porém, ambos fazem parte de uma rotina cada vez mais comum entre ex-jogadores, técnicos e profissionais ligados ao futebol: a preparação com base em estudos e cursos. Passaram pela sala de aula da CBF e pegaram o diploma de treinador. A entidade concentra atualmente vários cursos voltados para o esporte, a preparação e a especialização, e pretende tornar obrigatório até 2020 a cobrança do diploma para treinadores trabalharem no futebol brasileiro.

Atualmente não é obrigatório o certificado de treinador formado em cursos da CBF, ou outros, para comandar clubes nas principais divisões do futebol brasileiro, nem no trabalho com a base. Maurício Marques, coordenador do curso de técnicos da CBF, explica que há uma questão jurídica em andamento entre Sindicatos de Treinadores, Conselhos de Educação Física e outros órgãos que não têm um caminho em comum para essa decisão. Porém, ele deixa claro que a entidade máxima do futebol brasileiro trabalha para capacitar os profissionais e qualificar a entrada dos mesmos no mercado do futebol. Por conta disso, estipulou somente para 2020 o período que considera ideal para exigir a carteira de treinador.

– Esses cursos acontecem desde 2009. Até 2012 era em parceria com uma universidade de Minas Gerais, três cursos por ano. Esse ano serão 14, e esperamos que no ano que vem possamos oferecer 20 cursos. Até 2020, mais de quatro mil profissionais devem ser qualificados para comandar clubes de todas as divisões, além da base. A partir de 2020 queremos tornar obrigatório no currículo. Como acontece no mundo todo, em poucos países não há certificado – explicou ao GloboEsporte.com.

“Mais novos” no banco de reservas do que PC Gusmão, Felipe e Pedrinho aproveitaram cada momento dos ensinamentos e trocas de informações que tiveram no curso na Granja Comary, em Teresópolis. Ambos fizeram a licença B e avançaram ao cursarem a licença A para trabalharem em equipes profissionais. Com formação ligada ao futsal, e uma habilidade muito apurada, Felipe já tem até em mente o estilho de jogo que pretende implementar em suas equipes. Além disso, vibra com essa nova tendência entre os profissionais ligados ao futebol, que buscam cada vez mais uma preparação adequada para as necessidades do esporte:

A CBF oferece três cursos para treinadores que desejam trabalhar desde a base até o futebol profissional (veja mais ao lado). Para iniciar o trabalho com crianças em escolinhas, o curso que está com inscrições em andamento é o chamado de licença C. O custo para pagamento à vista é de R$ 5.004,00. Já o licença B sai por R$ 7.250,80. O mais caro é o licença A: R$ 8.227,00 à vista.