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Às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, a Seleção Brasileira de Futebol Feminino vive um impasse com a Confederação Brasileira de Futebol. Desde a formação do grupo permanente, em que as atletas deixaram seus clubes para treinar exclusivamente na equipe nacional, a entidade prometeu as jogadoras a assinatura de contratos e todos os benefícios equivalentes. Entretanto, mais de um ano depois, as meninas seguem com acordos verbais e nenhuma garantia sobre as suas garantias.

“O Vadão (treinador da Seleção) disse que iríamos nos apresentar no dia 26 de janeiro de 2015 e levaríamos nossa documentação, carteira de trabalho, CPF, tudo para sermos registradas. Nos apresentamos e ficamos esperando”, afirmou a goleira Andréia Suntaque em entrevista ao blog EspnW, do portal Espn.

Segundo as atletas, o pagamento que recebem é proveniente de diárias iguais entre as atletas e um “salário” que se distingue em três categorias, com as mais experientes recebendo o maior valor. O que preocupa as jogadoras, é que não existe um contrato assinado e nenhum tipo de garantia para o futuro. “Prometeram que teríamos Unimed, os melhores hospitais, clínicas, que seria o plano top de linha mesmo. Cancelei meu plano de saúde na época e acabei ficando sem”, reitera a atacante Gabi Zanotti, que por conta da falta de uma resposta da CBF acabou assinando contrato com um clube chinês e não foi mais convocada para os jogos do Brasil.

“Não teve explicação. Não fui para os amistosos no Canadá (no início de 2016), nem para essa convocação final para ficar treinando em Itu antes de sair a lista olímpica. Sinceramente não sei o que aconteceu, mas assim que eu perguntei em relação ao Direito de Imagem do ano passado, que a gente recebeu um valor muito baixo, coincidentemente teve a convocação para o Canadá e eu não estava relacionada. Não sei”, confessou.