Terra

Um goleiro com números expressivos, uma dupla de volantes com vocação ofensiva, Kaká como ponta esquerda e Neymar na função de centroavante. São pelo menos quatro as confirmações que Mano Menezes espera ter no terceiro jogo do ano contra uma equipe no top 10 do ranking da Fifa. Depois de boas apresentações em setembro, contra Iraque a Japão, o Brasil tem agora a Colômbia pela frente, quarta, em Nova Jersey. O próprio Kaká compreende o caráter da partida.

Se a Colômbia tem um centroavante de peso, o Brasil tentará novamente se virar com Neymar na posição mais avançada do time. Quase nunca preso entre os zagueiros, mas quase sempre às costas dos volantes rivais ou perto das duas pontas, o atacante do Santos brilhou contra China, Iraque e Japão. Em que pese a fragilidade dos dois primeiros adversários, ele fez seis gols e deu três assistências no período. De volta à equipe santista logo depois, porém, Neymar atuou novamente em sua posição original, pela ponta esquerda.

O poder de marcação da dupla Paulinho-Ramires será outro ponto para Mano observar contra um adversário de nível mais elevado, ao menos no retrospecto. Ofensivos, eles estiveram entre os mais elogiados nas goleadas sobre Iraque e Japão, mas devem ter trabalho defensivo redobrado contra os colombianos. Em especial com James Rodríguez, o badalado meia do Porto e principal fonte de assistências para Falcao. Há uma pequena possibilidade de o treinador brasileiro optar por Ramires na posição de Hulk, cortado, e escalar Sandro no meio.

Ao todo, são seis vitórias consecutivas do Brasil desde a derrota na final dos Jogos Olímpicos de Londres, o que é a segunda melhor sequência de Mano Menezes no cargo. O que ele ainda não tem, entretanto, é uma vitória em condições normais sobre uma seleção bem posicionada no ranking da Fifa. O melhor resultado foi contra a Dinamarca, 10ª do ranking da entidade (3 a 1). Atual oitava colocada na lista, a Colômbia pode oferecer melhor parâmetro. O Brasil, por sinal, ocupa a 13ª posição.