Terra

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, desmentiu o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao afirmar que a Fifa teve sim influência na antecipação do anúncio de Luiz Felipe Scolari como novo técnico da Seleção Brasileira. Felipão, que será oficializado nesta quinta-feira, seria confirmado por Marin só em janeiro de 2013. Mas, segundo o dirigente, uma conversa com Valcke e Joseph Blatter, presidente da Fifa, foi a “razão principal” para que o anúncio acontecesse já nesta semana – desta forma, Scolari poderia participar da entrevista dos técnicos da Copa das Confederações, nesta sexta, beneficiando o evento.

Na última quarta, Valcke se irritou ao ser questionado sobre o assunto em São Paulo e disse que a Fifa não teve “nada a ver” com a antecipação, afirmando que este era um “problema da CBF”. Outra razão apontada por Marin para confirmar Felipão como treinador imediatamente foi tranquilizar o mercado brasileiro, para que técnicos do País pudessem negociar seu futuro em clubes sem esperar a definição na Seleção. O presidente da CBF também disse que jamais cogitou a contratação do espanhol Pep Guardiola e afirmou que, em sua gestão, o técnico da equipe nacional sempre será brasileiro. Por fim, Marin desconversou sobre os desentendimentos com o ex-diretor de Seleções, Andrés Sanchez, e minimizou as críticas do deputado federal Romário, declarando que deixará a confederação só após o fim do mandato, em 2015.