Gazeta Esportiva

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O Fluminense é o primeiro campeão da história da Primeira Liga. Na final da edição inaugural da competição organizada pelos clubes da antiga Liga Sul-Minas com a adesão de duas equipes do Rio de Janeiro, o Tricolor das Laranjeiras bateu o Atlético Paranaense por 1 a 0 na final disputada no estádio Radialista Mario Helênio, em Juiz de Fora e levantou a taça inédita. O gol do título foi anotado por Marcos Júnior, que entrou no segundo tempo para decidir.

Para quem podia imaginar ainda um campo neutro, a presença a maciça de torcedores do Fluminense, que ainda entravam no estádio com a bola rolando, derrubava qualquer dúvida sobre quem era o mandante. Mas, quem mostrou o cartão de visitas primeiro foi o Furacão, com Walter, que aos dois minutos experimentou o chute de longe, nas mãos de Diego Cavalieri. Os cariocas, entretanto, logo acordaram. Aos oito minutos, Osvaldo apareceu em velocidade, foi travado e ficou no chão pedindo penalidade, não marcada.

A primeira chance real mesmo veio aos nove minutos, com Cícero cabeceando na área e Gérson desviando para grande defesa de Weverton. Walter tentava se movimentar e abrir espaço para quem vinha de trás no lado rubro-negro e, aso 12 minutos, tabelou com Marcos Guilherme, que na sequência arrematou por cima da meta. Pressão tricolor aos 17 minutos, com bate-rebate na área atleticana e Paulo André afastando para salvar.

O Fluminense tinha mais volume de jogo e, aos 25 minutos, Osvaldo entrou pela direita e cruzou para Wellington Silva, que se esticou todo e não conseguiu completar para as redes. Um minuto depois, o próprio Osvaldo tentou a finalização, com uma bicicleta desequilibrada que Weverton afastou da área rapidamente. O troco veio aos 31 minutos, em chute rasteiro de Eduardo que chegou a tirar uma casquinha do poste.

Depois de equilibrar as ações foi a vez do Atlético passar a pressionar. Aos 36 minutos, Walter recebeu de frente para a área, abriu espaço e soltou o pé por cima do gol. Mais próximo chegou Vinícius, aos 38 minutos, pegando sobra de bola e mandando o petardo no travessão. Desorganizados, os cariocas seguraram o empate até o intervalo para tentar modificar o panorama.

Para a etapa final, nenhuma mudança em campo e, do lado de fora, a torcida do Fluminense ainda chegando. Aos seis minutos, Scarpa lançou para Magno Alves, que invadiu a área, passou pelo goleiro, mas errou no momento de dar o último passe, facilitando a recuperação da defesa atleticana. Saída errada do Rubro-Negro, aos oito minutos, a bola sobrou para Scarpa, mas Weverton deixou a meta para fazer a defesa.

Como a conversa no intervalo não surtiu efeito, o técnico Levir Culpi promoveu duas mudanças de uma só vez, com as entradas de Edson e Marcos Junior nos lugares de Gerson e Osvaldo. Aos 23 minutos, Marcos Junior recebeu seu primeiro lançamento, mas a bola fugiu de seus pés. Sem brilha esta vez, Vinicius foi substituído aos 29 minutos para a entrada de Pablo no Atlético.

O ritmo não era o mesmo na etapa final e passado os 30 minutos as equipes já se preocupavam em não tomar gols, já que o empate pelo menos levava a partida para a cobrança das penalidades. Mas, aos 35 minutos, em contra-ataque mortal, Marcos Junior colocou velocidade, saiu da marcação e tocou na saída do goleio para abrir o placar. O Furacão partiu para o desespero com a entrada do atacante André Lima no lugar do volante Jadson, mas não foi possível reverter. Flu primeiro campeão e Furacão amargando um jejum iniciado em 2009.

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