:: 8/ago/2016 . 20:56
Rafaela Silva brilha na final do judô e conquista primeiro ouro brasileiro do Rio-2016
Correio
A primeira medalha de ouro do Brasil no Rio-2016 finalmente saiu. Nesta segunda-feira (8), a judoca Rafaela Silva deu um show em sua cidade natal ao derrotar a oponente Sumiya Dorjsuren, da Mongólia, na final da categoria até 57 kg.
A missão não era fácil. Em cinco lutas que já fez contra a adversária, a brasileira havia vencido apenas uma e perdido outras quatro. Sem se apegar ao passado, venceu ao aplicar um wazari na oponente.
O caminho de Rafaela Silva ao ouro foi bonito. Logo na estreia, a brasileira encarou a alemã Miryam Roper. Em seguida, eliminou Jandi Kim, da Coreia do Sul. Nas quartas de final, a brasileira enfrentou a húngara Hedvig Karakas, responsável por sua eliminação em Londres-2012. Em todas as lutas, ela aplicou um wazari.
Garantida na semifinal, a carioca sofreu, mas venceu a romena Corina Caprioriu, vice-campeã mundial, no Golden Score (tempo extra). Rafaela conseguiu um wazari sobre a oponente e avançou à final para disputar o ouro com Dorjsürengiin Sumiya, da Mongólia, e venceu.
Primeira campeã mundial brasileira pelo judô, Rafaela Silva também conquistou o primeiro ouro do país na Olimpíada do Rio. “A minha vida é o judô. Se não fosse o judô, eu estaria hoje brincando na Cidade de Deus”, disse a judoca, em entrevista à Globo, referindo-se à comunidade onde foi criada, no Rio de Janeiro. “Todo mundo sabe que eu nunca gostei muito de treinar, mas ninguém treinou tanto quanto eu para essa Olimpíada. Agora estou aqui, campeã mundial e Olímpica”, completou.
SÉRIE D: Definidos últimos confrontos da terceira fase
Futebol Interior
A Série D do Campeonato Brasileiro conheceu os últimos classificados para as oitavas de final neste domingo, quando avançaram os últimos times. Moto Club, Princesa do Solimões, Juazeirense e Atlético Acreano carimbaram a vaga e conheceram seus adversários na próxima fase da quarta divisão.
Na terceira fase, os confrontos seguem regionalizados. Sendo assim, o Atlético Acreano terá pela frente o Princesa do Solimões e o Juazeirense enfrentará o Moto Club. Acreanos e baianos, por terem feito melhor campanha, terão o direito de decidir as partidas diante suas torcidas.
As datas destes dois confrontos devem ser definidas na segunda-feira pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A expectativa é que a entidade coloque as duas partidas nas datas dos outros duelos, nos dois próximos finais de semana (13 e 14, a ida, e 20 e 21, a volta).
Confira os jogos da próxima fase:
Princesa do Solimões x Atlético Acreano
Moto Club x Juazeirense
CSA x Altos
Campinense x Itabaiana
Fluminense de Feira x Ceilândia
Anápolis x Volta Redonda
J. Malucelli x São Bento
Inter de Lages x Ituano
Apagado, Neymar ouve gritos de “Marta”, e seleção empata com Iraque
Globo Esportes
Neymar foi o mais acionado da seleção contra a África do Sul. Errou demais, mas não se omitiu. Diante do Iraque, neste domingo, em Brasília, foi o contrário. Apagadíssimo, o camisa 10 pouco criou e foi um dos principais alvos de uma torcida que perdeu a paciência com o time olímpico brasileiro. Lento e previsível, o capitão teve de ouvir gritos de “Marta” durante todo o segundo tempo. Não teve como responder: em outra atuação decepcionante, a equipe de Rogério Micale empatou em 0 a 0.
No início, a torcida brasiliense parecia ter feito mea-culpa. Após a impaciência na estreia, mostrou apoio desde o início. O Brasil começou nervoso, mas, aos poucos, assumiu o controle do jogo. Porém, a produção ofensiva seguiu ruim: 12 finalizações, mas poucas de real perigo. Gabriel foi o mais incisivo, com Renato Augusto bastante participativo. Entretanto, tiveram pouca companhia. Além do discreto Neymar, Gabriel Jesus voltou a decepcionar.
A paciência demonstrada pela torcida acabou no apito que encerrou o primeiro tempo. A partir dali, o clima mudou. E a seleção olímpica sentiu. Micale colocou o time para frente, com Luan no lugar de Felipe Anderson, mas a aposta durou 10 minutos, quando Rafinha substituiu um apagadíssimo Gabriel Jesus. Nada melhorou. O time, nervoso, errou demais e foi vaiado sem dó pelos torcedores. Na melhor chance, nos acréscimos, Renato Augusto chutou para fora com o gol aberto. A equipe que prometia jogo ofensivo, dribles e gols completou 180 minutos sem balançar a rede.
A seleção asiática soube explorar a situação. Desde o início, o goleiro Hameed retardou tiros de meta, e os jogadores, especialmente no segundo tempo, aproveitaram cada oportunidade para ganhar tempo. O time sabia que a questão psicológica estaria a seu favor. Não ameaçou tanto o gol do Brasil, mas a sensação era de que, a cada avanço, poderia complicar ainda mais a vida da seleção. Ao fim do jogo, os jogadores saíram ovacionados pela torcida no Mané Garrincha.
A reação da torcida no Mané Garrincha foi sintomática. A cada erro da seleção brasileira, principalmente no segundo tempo, vaias e protestos. Quando a falha foi de Neymar, gritos de “Marta” tomaram conta do estádio. Enquanto a capitã das meninas passeia no torneio feminino, o capitão não consegue ter o mesmo brilho.
Após dois empates, o Brasil está na segunda posição do Grupo A, com dois pontos, e já não depende mais só de si na Olimpíada. Na quarta-feira, precisa vencer a Dinamarca para se classificar às quartas de final. Caso o Iraque não vença a África do Sul, a seleção de Micale passa em primeiro lugar do Grupo A. Mas se vencerem, a diferença de gols das partidas determinará quem passa em qual posição.
Na quarta-feira, a seleção enfrenta a líder Dinamarca, com quatro pontos, em Salvador, às 22h (de Brasília). Os iraquianos enfrentam a África do Sul, que tem um ponto, no mesmo horário, em São Paulo.
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