Globo Esportes

Entrevistado pelo brasileiro Ronaldo Fenômeno durante uma live promovida pelo ex-atacante, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou nesta quarta-feira que o futebol não deve ter pressa para retornar enquanto a pandemia do coronavírus não estiver controlada.

– A saúde em primeiro lugar. Se há risco, não se joga. A situação é séria, vamos reiniciar quando se puder iniciar. Não vale a pena arriscar a vida das pessoas por um jogo de futebol. Jogaremos quando pudermos jogar – afirmou Infantino.

O dirigente máximo do futebol mundial foi o último convidado da live, que reuniu ex-jogadores do time do Real Madrid que ficou conhecido como os galácticos, no início do século XXI.

Mestre de cerimônias do evento virtual, Ronaldo conversou em português, com Roberto Carlos e Luís Figo, inglês, com David Beckham, espanhol, com Iker Casillas, e italiano com os dois convidados extras, o ex-atacante Christian Vieri, companheiro de Ronaldo na Inter de Milão na década de 90, e Infantino.

Para o presidente da Fifa, em vez de buscar um retorno prematuro dos jogos, as ligas e clubes de futebol devem estar preparados para quando estiverem liberados para voltar a treinar e jogar.

– Não devemos fazer pressão, devemos entender a situação e preparar o cenário. Quando o governo disser que se pode fazer (o retorno ao futebol), estaremos prontos. Não é justo com aqueles que lutam, que trabalham, falar que queremos jogar – disse o dirigente.

– Pela primeira vez na nossa história de apaixonados pelo futebol, o futebol não é a prioridade. É triste, mas é assim – completou.
A pandemia de coronavírus foi assunto recorrente durante toda a live, que durou pouco mais de uma hora, dividindo espaço com as lembranças dos jogadores do tempo em que atuaram juntos.

– É uma situação complicadíssima, espero que passe logo. As pessoas não podem ir nos enterros dos seus parentes, é muito complicado – comentou Roberto Carlos, o primeiro participante da live.

– Infelizmente, na Europa estamos todos na mesma situação difícil, embora alguns países, por terem uma população menor, têm menos casos e menos dificuldades. Tenho falado com meus pais em Portugal, eles estão bem – disse Figo, que vive em Madri.