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Desde que foi forçado a mudar drasticamente sua programação por conta dos efeitos da pandemia da Covid-19, o SporTV tem como uma de suas apostas de audiência a exibição de jogos antigos da seleção brasileira em Copas do Mundo. Os repetecos dão sustância a sua nova atração na grade, a “Faixa Especial”. Um ciclo que começou com o Mundial de 1998 e agora resgata partidas da impactante edição de 1982.

Mas uma pergunta ficou no ar: por que as partidas estão sem narração original? O SporTV tem feito as transmissões com sua equipe atual, escalando nomes como Gustavo Villani, PVC, Júlio Oliveira, Sérgio Arenillas e Everaldo Marques. Eles assumem o microfone, no lugar de Galvão Bueno ou até mesmo de Luciano do Valle, que era o titular da Globo para cobrir a seleção até o ano de 1982.

A escolha passa por alguns motivos. O fator ao vivo é um deles. Caso uma notícia urgente ocorra, o narrador escalado para fazer a reprise atualizará o noticiário durante a transmissão. Uma prova disso ocorreu nesta terça (7), quando, durante a exibição de Brasil x União Soviética, pela Copa de 1982, Júlio Oliveira falou sobre a ida de Ronaldinho Gaúcho para a prisão domiciliar no Paraguai.

Além disso, a série tem sido importante para manter um mínimo de produção na casa. Serve também para rodar seus narradores e comentaristas, que ficariam parados, assim como estão fora do ar as competições esportivas. Everaldo Marques, por exemplo, que é titular da NBA, estreou em uma partida de futebol no Grupo Globo durante as reprises da Copa de 1998.

A “Faixa Especial” tem sido tratada como um “produto premium” nesse período de pandemia. Ou seja, é um dos maiores atrativos do canal esportivo da Globo para manter uma boa audiência nos atuais tempos e tem funcionado no atual formato.