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À medida em que o tempo passa e fica claro que a vida não voltará ao normal rapidamente depois da pandemia do coronavírus, uma pergunta é inevitável sobre o futebol: quem sobreviverá? A questão não é sobre a saúde dos atletas, mas dos clubes.

No Brasil, especificamente, as finanças da maior parte deles, mesmo os maiores, não são boas. Botafogo, Cruzeiro e Vasco, para citar três dos exemplos mais gritantes, lutam para fugir de um buraco que parece não ter fim. Segundo estudo publicado no ‘Globoesporte.com’ por Rodrigo Capelo, jornalista especializado em negócios do esporte, os clubes brasileiros deixarão de arrecadar até R$ 2 bilhões por causa deste período inativo e da provável volta dos jogos sem presença de público.

Mesmo que a CBF resolva ajudar, como anunciou que fará (de forma tímida) com as Séries C e D e com o futebol feminino, e que o Governo Federal estenda a mão, como discutivelmente já fez antes, é pouco provável que todos os clubes consigam escapar deste terrível momento. Camisas tradicionais, camisas gigantes vão diminuir de tamanho, é possível que não consigam voltar ao lugar que ocuparam um dia.

O cenário não é simples. E o futebol, certamente, nunca mais voltará a ser como antes.