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Com previsão para voltar ao Brasil agora no início de maio, Jorge Jesus ainda está com o futuro indefinido no Flamengo. A Goal apurou que neste momento existem dois cenários sendo estudados com mais interesse pelo treinador português: buscar inicialmente um acordo para uma renovação curta, até dezembro deste ano, ou ficar livre para aguardar a eventual concretização de uma proposta da Europa, em especial do Newcastle, da Inglaterra.

Vinculado ao Rubro-Negro apenas até junho, JJ iniciou 2020 pensando num contrato maior, até por isso chegou a cogitar uma extensão até o fim de 2021. Por causa da pandemia do novo coronavírus e, principalmente, da crise política instalada nos últimos meses, houve uma mudança repentina de planos. Descarta pensar para já a longo prazo no país.

Aos 65 anos, Jesus, que busca um reajuste salarial de aproximadamente 50% para permanecer na Gávea, está preocupado com a instabilidade financeira do Brasil. Mais experiente e consciente, sobretudo depois da experiência de ter aceitado quase que de imediato a saída de Portugal para rumar ao Al Hilal, da Arábia Saudita, o treinador não vê problema em ficar um período sem trabalhar até receber uma oferta mais vantajosa.

Outro motivo que tem pesado nos planos de Jorge Jesus é o “novo velho” desejo do Newcastle. O português foi avisado que, juntamente com Mauricio Pochettino, é um dos cotados para dirigir na próxima temporada o clube inglês, que está muito perto de ser vendido por 300 milhões de libras para o Fundo de Investimento Público (PIF), liderado pelo príncipe herdeiro árabe Mohammed bin Salman, cujo projeto ambicioso é passar a bater de frente com os poderosos Chelsea, Manchester City e Manchester United.

A negociação entre árabes e ingleses tem Pini Zahavi (na foto), que desde fevereiro de 2019 passou a representar a carreira de Jorge Jesus, como um dos principais intermediadores. O influente empresário isralense, vale lembrar, já chegou a entregar ao português uma oferta dos próprios Magpies. Na ocasião, JJ, que agora também tem o português Bruno Macedo como representante, não se animou com o projeto e, poucos dias depois, fechou com o Flamengo.