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Dorival Júnior e Juninho Pernambucano foram julgados nesta segunda-feira pelos acontecimentos no clássico entre Vasco e Flamengo, dia 6 de outubro, no Mané Garrincha, em Brasília. O treinador, presente no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi absolvido. Ele havia sido denunciado no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), em função de ofensas ao árbitro Ricardo Marques após ser expulso na partida. Já o Reizinho terá de cumprir uma partida pela falta dura em cima de Paulinho (denunciado no artigo 254 – praticar jogada violenta) e uma outra por ter feito gestos obscenos para a torcida – ele foi fotografado por um torcedor antes de cobrar um escanteio, denúncia no artigo 258-A, provocar o público. O Vasco ainda estuda se vai recorrer da decisão. Caso não o faça, Juninho vai ficar fora das duas próximas rodadas do Brasileirão, contra Ponte Preta e Coritiba.

– Essa é uma decisão (de entrar com recurso) que não posso tomar sozinho e nem posso responder agora. Vamos esperar. Vou conversar com os demais membros do departamento jurídico do Vasco e ver a posição que será tomada – explicou o advogado Thiago Amaro, do Vasco, após o julgamento.

Juninho não foi ao STJD. O advogado Thiago Amaro, em sua defesa, mencionou o tempo todo que o gesto do Reizinho foi direcionado para a torcida do Vasco (é o símbolo de uma organizada do clube) e por isso não poderia ser considerado uma ofensa ou um ato grave, já que não houve uma vítima.

Os argumentos, porém, não foram suficientes para fazer Juninho escapar de um jogo de punição, que somado a mais um pela entrada violenta (assista ao vídeo) faz com que o veterano fique fora de duas partidas do Vasco, caso não haja recurso.

A votação dividiu opiniões. Dois auditores optaram pela pena de uma partida, um pediu dois jogos e outro absolveu. Prevaleceu a maioria dos votos. Sobre o lance em cima de Paulinho, a defesa do Vasco pediu absolvição, alegando que Juninho já tinha sido punido na partida com o cartão amarelo. No entanto, a violência da infração falou mais alto. Os auditores lembraram que ele só não foi expulso porque a visão do árbitro estava prejudicada no momento.